sábado, 25 de outubro de 2008

Vá tomar um Nescau.

Eu estava na aula de Filosofia, numa terça-feira, dia 19 de Agosto. Recebi uma ligação da minha mãe e até fiquei envergonhado pois meu celular começou à tocar alto no meio da sala. Saí da sala e fui atender, ela perguntou se eu poderia ir lá em baixo falar com ela, eu pedi para esperar o intervalo e ela me falou que não poderia. Nem me toquei que era sobre minha avó, até q a voz da minha mãe vacilou um pouco, como se chorasse. Fiquei apenas receoso e desci correndo.
No meio do caminho o meu celular tocou de novo, atendi pensando que era minha mãe. Não era. Minha madrasta estava me ligando pra perguntar justamente da minha mãe, foi aí que a ficha caiu. Minha madrasta odeia minha mãe e jamais iria querer falar com ela.
Quando cheguei na recepção, que vi os olhos da minha mãe cheios de lágrima, não tive outra reação. Desabei chorando. Lembro de tudo como se fosse um filme, tudo se repetindo, como se eu estivesse fora do meu corpo na hora.
Me encostei em uma parede e passei o celular pra minha mãe. Só naquela hora que ela estava sabendo que minha avó havia falecido.
Já não adiantava, eu tava jogado no chão, chorando, me desgüelando. Sem acreditar. pedindo pra me falarem que era mentira. "É mentira, me diz que não é verdade, por favor, me diz que foi só um engano", eu falava.
Não sei o que me levou à isso, mas comecei à arrancar meu cabelo com as mãos. Eu arrancava chumaços e mais chumaços, não conseguia sentir dor nenhuma e continuava à arrancar.
Peguei minhas coisas ainda sem acreditar que era verdade e fui para o carro, me levaram para o hospital, onde eu a vi, deitada sobre uma maca, enrolada em um saco, desses de defunto mesmo, cinza, sem vida. Minha avó tava completamente nua, com as mãos amarradas de qualquer jeito e os pés idem. Nem parecia que ela estava num hospital onde passou toda sua vida em trabalho voluntário, onde todos a conheciam.

Não aguentei. Caí no chão, de joelhos, ainda arrancado cabelo, não sentia minha cabeça, não sentia nenhuma parte do meu corpo. Só o que quis fazer foi dar um grito. Só um grito. Queria acordar a cidade toda pois a mulher que mais amei na vida, se duvidar até mais que minha própria mãe, havia partido e me deixado aqui, sozinho.

E gritei...
"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH"
Gritei e sinto minha garganta tremendo desse grito até agora.
Acho que queimei todos os hormônios que existiam no meu corpo por uma semana inteira. Passei uma semana sem chorar, nem no enterro chorei, pelo contrário, sorri. Me martirizei sorrindo, tentando embutir um pensamento de que ela não iria querer me ver chorando. Passei uma semana com os lábios grampeados num sorriso mais amarelo que um girassol.
Na missa de sétimo dia dela, desabei, não aguentei ao ler um trecho qualquer lá, que nem lembro qual é, chorei. Chorei muito, na frente da igreja inteira, lotada.
De lá pra cá, choro por qualquer motivo. Uma faca caiu no chão e eu lembrei dela? Lágrimas. Passei por debaixo de uma árvore e lembrei dela? Choro. Ouvi uma piada que iria querer contar pra ela? Desabo.


Sinto mais falta dos momentos que eu passava do lado dela que de fato dela. Sinto falta da possibilidade de contar algo legal pra ela. Algo que eu ouvi na faculdade, algo que li na internet. Algum vídeo engraçado que vi. Eu adorava mostrar isso tudo pra ela. Adorava ler textos do meu blog. Lembro dela arregalando os olhos de felicidade de saber q eu tava escrevendo tão bem. Lembro dela chateada por que eu havia escrito um texto triste. Ela sempre me quis feliz.

Dói.
Dói no coração.
Dói muito.
Dá vontade de morrer.
Dói tanto que chego à sentir a dor fisicamente. Dói tanto que não consigo sentir mais nada, nem dor de cabeça, nem fome, nem dor nos olhos, nem nada.
Eu só queria ela de volta. Mais um minuto, mais um segundo sequer. Só mais um milésimo de segundo.

Nunca sonhei tanto quanto de março pra cá. Desde que meu avô morreu, já sonhei com ele mais de 20 vezes, com minha avó sonhei algumas, e com os dois juntos, outras várias.
Sempre acordo com aquela mesma sensação que tenho quando sonho que tenho dinheiro, aquela vontade de não ser só sonho.
Na verdade, a vontade é que isso que se passa agora seja só um pesado, do qual vou acordar à qualquer instante com minha avó brigando por meu quarto estar bagunçado, por eu ter deixado toda a minha roupa jogada no chão e me mandando ir tomar um nescau.

Desculpem por tantas letras. Só queria desabafar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tranquilidade, Serenidade. Você.


Tudo o que precisei, durante muito tempo, adquirido em questão de minutos.
Tranqülidade, serenidade... Não os encontrei nas pessoas, não encontrei na amizade nem na loucura.
Encontrei nas palavras de um momento, num sorriso, no teu sorriso e no teu olhar.
Na nossa troca de toques, tua mão sobre meu rosto, meu rosto sobre teu colo. A aceitação de quem sou, do que são e de que são feitos meus sentimentos. Meus sentimentos e teus sentimentos também.
Na identificação do pensar, do sofrer e do sentir.
Na compreensão máxima do que se pode realmente chamar de amor.
Dias tranqüilos e serenos... Para nós dois! Sempre!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Lost Two


Nada hoje me inspira, nem o balançar da toalha na praia, com o vento forte do mar, nem o vai-e-vem inebriante das ondas
A hora passa e me leva partes mensuráveis que, talvez não façam falta, mas certamente estariam muito melhor em mim. O tempo passa, hora após hora, o tempo corre e me arrasta, cada hora mais longe.
Ora, não sei que hora te verei de novo nem que hora a gramática vai me impedir de falar. Não sei a hora de orar nem a hora de amar. Páro por aqui.

Sempre me perco nas palavras.

Comunicado

Prezado Cliente,
Venho, através deste, informar-lhes que as postagens nesse blog têm-se tornado cada vez mais escassas devido única e exclusivamente ao setor de Inspiração. Os responsáveis do setor já informaram em comunicado extra-oficial que já estão providenciando novos sentimentos para serem construídos, porém o setor Tempo, da nossa empresa, pediu mais um pouco de paciência pois ele está completamente lotado de papeladas burocráticas à serem resolvidas, leia-se provas e trabalhos da faculdade de nossa Empresa, Arquiteto de Emoções LTDA.
Pedimos um pouco mais de calma por parte de vós, clientes, para que o pessoal da Inspiração e do Tempo de organizem-se à tal ponto que possamos prestar nossos serviços com a mais completa eficiência.


Grato, A Direção.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Teu poder


É impressionante o poder que tens sobre mim, de me dominar, me seduzir, me controlar. É impressionante o quanto teu beijo pode me transformar em alguém que jamais fui, que jamais sequer cogitei a possibilidade de ser. Sou agora alguém que provou o gosto da tua boca. Posso ser só mais um, mas fui um dos poucos que recebeu uma ligação romântica meia hora depois, perguntando como estava. Sou um dos poucos de quem tu sabes mais do que deveria mas ainda sim não me julga.
Talvez seja o único que te terá por quase um segundo.
Ainda não te amo, mas acho que esse será um caminho inevitável.

domingo, 21 de setembro de 2008

Quem tu pensas que tu és?


Quem tu pensas que tu és?
Quem tu pensas que és
para fazer me apaixonar desse jeito?
Quem tu achas que és na minha vida,
senão minha própria vida inteira?
Tu és a fruta, aquela!
Tu és pequena, é ela!
Tu és gigante dentro de mim
e ocupas apertadamente todo meu corpo mínimo.
Tu és gigante dentro de mim
e ultrapassas minha consciência de tamanho.
Tu és ela, és o elo que une, vergonhosamente,
o passado e o pretérito.
Tu és ela, e não unes nada além
da tua memória, em mim, e meu coração.

sábado, 6 de setembro de 2008

Fumaça


Dou um trago profundo no meu gudang e, enquanto encaro a ponta em brasa do cigarro, penso nos passos que me levaram até ali. Jogo-me para trás sem impulso e sinto o frio do chão de mármore, da escadaria onde estava, tentar contaminar minha roupa e, então, meu corpo. Solto então a fumaça que estava presa nos meus pulmões e que já me sufocavam.
Sento-me. Cuspo. Trago de novo. Uso tantos verbos, como "respirar" ou "bater o coração", enquanto desejo que o único que deveria parar de usar realmente cumpra minha vontade: "pensar".
Deito de novo. Trago de novo. Tento esvaziar minha mente mas descubro que tragar deitado faz com que eu me engasgue.
Tusso me levantando e olho ao redor, a noite fria estava mais noite, mais escura e mais fria ainda.
Não entendo por que estou tonto mas aí me dou conta que fumei dois cigarros seguidos. Realmente, é pesado demais.
Decido ir para casa e vou.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Relato imemoriais de um amor distante.

E- Quero falar contigo.
A- Pode falar...
E- Quero saber tudo que tu sentiu.
A- Como assim?
E- Sentimentos. Sabe sentimentos? Quero entender os teus;
A- Pra que?
E- Pra saber por que agente se afastou...
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E- Deixa eu te ouvir?
A- ...
E- ...deixa vai.
A- Ouvir o que?
E- Me fala de ti, quero ouvir.
A- Não tem nada pra falar.
E- Sempre tem algo que se possa falar.
A- ...
E- Fala!
A- Não. Esquece isso.
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E- Namora comigo?
A- HEIN???
E- Namora comigo? Perguntei se tu quer namorar comigo, porra.
A- Caralho... Eu te odeio, esqueceu?
E- Não importa. Eu te amo.
A- Isso não é o bastante. Eu não iria querer te fazer sofrer.
E- Sinal que você não me odeia.
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E- A gente fez sexo, merda, isso não quer dizer alguma coisa pra ti?
A- Eu já fiz sexo com tanta gente, por que contigo seria mais especial?
E- Não sei, mas tu não pensa nisso com saudosidade? Não tens vontade de fazer de novo?
A- O que passamos foi profundo, mas ao mesmo tempo superficial. É passado.
E- Eu te amo
A- Me esquece.
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São apenas flashs, passagens de sentimentos, tudo afastado de memória real. A ficção que processo são transcrições daquilo que quero transformar em real.
Sim, os personagens vivem fora da págino e do meu psiquè, aliás, procuro uma dessas personas em mim e a outra deveria me completar(também procuro-a, em todos os lugares).
(Isso aqui era para ser um pensamento, passou por sinopsemas não fez mais que descrever a confusão que se passa na mente do autor).

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Satisfações.

Além de um texto enlutado do último dia 30, nunca mais atualizei meu blog, certo?
Pois bem, falta-me tempo. Vim aqui dar uma satisfação à vocês, leitores.
Comecei agora faculdade de Psicologia e isso está me tomando minha noite. Estou também fabricando bombons para vender no ceuma, e isso está me tomando a tarde. à manhã sempre foi tomada pelo sono, juntamente com metade de madrugada.
Agora vou dormir para tentar estudar amanhã de manhã, contra a vontade.
Falta-me tempo na frente de um computador e um tanto quanto inspiração. Minha avó faleceu faz pouco tempo e não acabei de organizar minha vida.
Obrigado pela compreensão, A Direção.

sábado, 30 de agosto de 2008

Rosa Bebê


Sabe o rosa? O rosa-bebê. Aquela corzinha delicada, carinhosa, acarinhante e quase sempre confortável? Pois é... Eu adoro o rosa-bebê. Me trazem tão boas lembranças. Foi regado à rosa-bebê que passei os melhores momentos de que me lembro. O rosa-bebê me pegou no colo quando nasci, o rosa-bebê me transformou num homem adulto, o delicado rosa-bebê que dormia quando eu fazia cafuné nele.
O rosa-bebê que me trazia tanta felicidade hoje completaria 82 anos. Completaria se não tivesse falecido 11 dias atrás, com 81.
Minha avó morreu de osteoporose em alto grau, o que causou uma parada cardíaca. Mas sabe do que? Ela está viva, mais viva que nunca, na minha memória, no meu coração, nos meus sentimentos, em cada letra que escrevo e em cada ato que pratico.
Foi minha avó, quem vi chorar pela primeira vez em março de 2007, quando ela estava pronta para me perdoar de qualquer idiotice que eu tivesse feito, mesma avó que vi se acabar de chorar quando, em 7 de março, meu avô morreu, e mesma avó que vi lutar para ficar viva durante todo esse mês qu passou, e acabou partindo. Essa avó é a mesma do imenso coração, é a mesma do imenso perdão, é a mesma da imensa força, é mesma que dedicou mais da metade da sua vida às outras pessoas, à uma casa de apoio que hoje leva seu nome, "Erosilda Mota", e que cuida de mulheres com câncer. Aliás, minha avó era forte o bastante para aguentar um câncer.
Foram quase 50 anos de voluntariado, quase 60 anos de casamento, quase 82 anos de vida. Tanto quase, mas que valem muito mais que 50, 60 e 82 anos completos.
Vó, te amo para sempre, herdo de ti todos os sentimentos bons que possuo. Feliz aniversário.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

"Viro poça, viro moça"


Quando tu passa,
viro uva passa,
roupa mal passada.
Viro poça, viro moça,
doce ou salgada.
Me transformo naquilo e naquele
que o dia, como um leão,
não deixa passar para outro dia.
Não sei se és futuro,
mas te quero nos meus dias
agora, e daqui para frente - e todos os lados.
Não sei se és presente,
mas respondes chamada todos os dias.
Mas sei que existes e passas por mim
desde o mais remoto passado, ao fim.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Lost One


E o desespero de onde vem? Da fala doce de moças bem vestidas em saias de aeromoças ou do molejo e do gingado de jogadores de capoeira?
Que dia é esse que me faz pensar nos outros dias? Que hora é essa que me faz esquecer das outras horas? O relógio não corre ao meu favor nem contra minha vontade. Desespero-me, pois sim, quando vejo que os olhos da besta fera que encaro são meus próprios olhos no espelho. Sinto-me nessas horas na incubência de te fazer mais um pouco além do que já fiz. Sinto-me encarregado de te carregar através de um lago espelhado com palavras à deriva, espalhadas e sem sentido. Páro por aqui.

Sempre me perco nas palavras.

Pasando Bem?

         p    onto o_o     diz:
to precisando de um amigo
         p    onto o_o     diz:
alguém pra deitar no colo, passar a mão no meu cabelo e ler camões pra mim
         p    onto o_o     diz:
alguém pra falar q eu não sou um ser humano medíocre
         p    onto o_o     diz:
alguém que me olhe nos olhos e me compreenda
         p    onto o_o     diz:
preciso de algo mais além desse mundo
         p    onto o_o     diz:
algo diferente que o mundo ainda não foi capaz de me dar

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Dia Dela



A gente nunca sabe mesmo o que vamos dizer quando a hora chega. O desconhecido que encaramos, e que muita vezes perdemos de vista ao vislumbrar o mar, nos trás a calma que nem percebemos. Confundimos com as múltiplas facetas da vida, as múltiplas vistas que temos de tudo, do mundo. Falamos sem parar e só o que queremos é ser ouvidos. Um remédio nos faz esquecer mas também nos faz lembrar. Se perder é tão normal quanto errar a colocação do pronome que tanto tenho insistido em demonstrar no que digo.

"A gente se perde, a gente se acha
De um jeito ou de outro tudo passa.
E com cloridrato de sertralina e um pouco de mar
a gente começa a aprender
Que todo mal um dia tem fim.
"

inspiração.





Eu falei que sabias,
- tu não quis acreditar -
fazer poesias
é mais fácil que rimar.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dia Árido




(...)É a seca,
que deixa a garganta aflita,
que machuca a alma e grita.
É seca a dica.(...)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Selo de Qualidade




Ganhei esse Selinho da Erika, a Peça de Lego única, e to repassando para uns blogs que adoro ler. Mando aí para meu infinito-particular-onde-vou-ao-céu-e-deliro, Imagine do Depois do Entardecer, e para minha coisa linda, amada, querida, gostosa, tesuda, tudo-de-bão, Sibby do Cofissões e Prosas.

Aah, e não esqueçam de dar uma lida nos posts abaixo. eles são fresquinhos e cheios de cimento fresco. Aproveite pra deixar sua pegada nesse cimento enquanto é tempo. =X

terça-feira, 29 de julho de 2008

O Mundo (parte II)



Tu és meu mundo inteiro,
mundo todo, inteiro, tudo.
Tu és quem passa e fica,
quem vira a vida;
tu és meu mundo.

Tu és parte de tudo;
nada por nada,
comigo, contudo.

Tu vira, tu vem, tu vai-e-vem,
me joga pra cima e me pinta de rosa,
me faz delirar na nossa dança,
me faz me perder na nossa prosa.

Por ti me perco, por ti eu erro,
por ti esqueço a gramática.
Tu não liga pr'a regras,
só pr'a química prática.

Palavras vindas de ti são poesia.
Não sou um poeta, meu mundo:
sou o mundo de dia.

O Mundo (parte I)



(...)Sabe, mundo, tem dias que passam tão rápido que nem vejo. Tem dias que acordo às 6 e quando me dou conta já são 16. Tem dias que tudo que eu queria era só mais um dia, mais uma hora, mais 5 segundos ao teu lado, mundo.
Nunca mais vi esses dias acontecerem, mas lembro deles, mundo meu, com uma doce sensação no peito.

Medo?


Sei que sou um tanto quanto provocador, mas nunca pensei que fosse tanto. Provoco meus medos como se pedisse que eles aparecessem, só para eu sentir um pouco mais de medo. Falei à um tempo atrás que eu gosto de sentir medo, faz bem, mas eu acho que só o acho algo bom pois sou corajoso suficiente para não me deixar vencer por eles.

Morro de medo de olhar algum tipo de aparição de outro mundo. Sei que sou cético, mas já ouvi tanto sobre isso que acabei desenvolvendo um certo medo, um receio de me assustar. Porém é o mesmo ceticismo que pergunta por que eu sinto medo que faz com que eu olhe sempre para os cantos mais escuros, procurando qualquer vestígio de fumaça branco-perolada que lembre algum fantasma, qualquer rosto reconhecível, qualquer formato meramente humanóide ou animalesca.

Será que é realmente medo o que sinto? Acho que espero algo mais.


Durma, medo meu...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Caminhos...



Novos caminhos são sempre criados. Novos destinos, novas verdades, novas mentiras. Novos amigos e amores. Novos inimigos. Novos conhecimentos sempre surgem de algum lugar.
(...)
Me deixaram escolher o que criar. O que criei? Caminhos.

em tempo: caju [2]


"Tem coisas que nos pertecem, nos definem, nos dizem, nos apresentam, alimentam, apoderam-se de nós, nos transformam e reinventam, e não há como fugir.
É bom saber que alguém, que na vida sequer soube da nossa existência, nos define com tanta propriedade.

Só que ele sempre vai te pertencer, nem que pertença àquelas lembranças onde só ele podia dizer o que tu querias.
Cazuza é sempre teu e tu sempre dele, desde o primeiro contato."


por: IMAgine

segunda-feira, 14 de julho de 2008

caju


Acho que o Cazuza não me pertence mais.
Eu sempre pertenci às letras dele, como um ser inevitável. Você já se libertou das canções onde fiquei preso. Preciso de uma vida, preciso de uma ida, preciso de um sentido, preciso de um sentido, um sentimento. Só.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

palavras no papel...





...não apagam jamais.

Bruna



Bela dama, dona de mim,
Rainha do existir de meus sonhos.
Uiva de vida, e sabes que sim,
Não vês, mas jamais
Abandonar-te-ei enfim.

de amarelo





Vou ver a possibilidade de pintar o céu de amarelo. Queria muito te agradar, queria ver meu céu amarelo refletido no azul dos teus olhos, na mais perfeita mistura de verde-esperança. Queria poder te dar o mundo, queria poder te dar uma célula do meu corpo ao menos. Te queria do meu lado, do jeito que nenhuma regra de colocação pronominal poderia me proibir.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

pelo próprio


Hoje estou pensante, mais que nunca.
Mentira, mais que nunca não, apenas mais que ultimamente. Minhas ultimas inspirações não foram muito boas, talvez um dia só no meu último mês, escrevi algo que realmente gostei, mas, curiosamente, era algo que não falava muito bem de mim mesmo.
Hoje eu esqueci as metáforas que costumava usar, e não vos falo em entidade, nem em eu-lírica, quem escreve "this sad words" nem mesmo é o arquiteto, é somente eu: Eduardo, aquele que levou o nome em homenagem e não aquele que foi homenageado, mas àquele que foi homenageado.
Não lembro se o significado do meu nome é Fortaleza ou Guardião, acho que a segunda opção é a correta. Mas, guardião de quê? Nem mesmo meus sentimentos eu consigo guardar comigo mesmo, quem dirá os pertences de algum rei, ou de qualquer outro ser.
Falei que era fraco e forte? Mentira, sou só fraco. Pelo menos hoje.

Nota: Tão cedo eu, Eduardo, voltarei á falar aqui. A Entidade-Arquiteto é mais forte.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

margá



(...)Expressa o torpor do teu beijo, margarida,
Deixa-me fugir em teus sabores.
Saberei, para sempre, querida
Em que dia tirarei teus pudores.

Doce e bela, amor para a vida,
Não vês que já cresci?
Espero você, minha margarida.
Para contigo falar: "eu vivi".(...)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

P&B e Colorido

Quão contraditório eu sou, quão tradicional e inovador, quão amante e inimigo. Sou tudo que se opõe e tudo que concorda, sou uma metamorfose fixa, que não se move e ao mesmo tempo não pára, sou quieto e agitado. Me mexo para ser discreto. Sou forte concorrente à perdedor, já fui fraco e forte, já fui mole e duro. Hoje sou tudo isso, um pouco mais e um pouco menos, um especialista em ser completamente leigo. Sou isso e aquilo, sou aquele e sou esse que vê mas é cego. Sou mudo e falo o que me der na cabeça. Sou preto, sou branco, sou P&B e colorido, minha vida é um arco-íris em tons frios de vermelho-sangue. Sou cor mas também não sou. Vivo indo e vindo entre o vácuo e o meio físico, entre o físico e o espiritual, entre o espiritual e o racional, entre o racional e o sentimento. Estou sempre sozinho quando tenho companhia, estou sempre acompanhado quando estou comigo mesmo. Minha melhor companhia é o papel em branco, mas eu amo papel riscado. Adoro escrever e odeio o mesmo ao mesmo tempo. Nem vou falar sobre o tempo para não entrar em contradição.
Contraditório? Não, eu não sou contraditório.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tartarugas


Meus textos precisam todos ser tristes? Será mesmo que não consigo falar de uma amizade quando à consigo? Precisa ser quando à perco?
Quero falar de amor, de paixão, de risos, de sóis brilhando. De dias com céu azul. Das beleza das flores e da engraçada feiura das tartarugas.
Quero ter racionalidade para falar de uma tarde romântica, quero mostra todo o sentimneto incrustado numa fórmula química(63 52 95 8!!!)
Vou suspirar... [ suspiro ]
Vou rir... [ risos ]
Vou amar... [ suspiro ]
Vou olhar tartaruga... [ risos ]

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Correnteza



Condena Condessa,
Ornamentos doces e amargos.
Repete e me leva;
Realiza Sonhos gagos.
Esses moles olhos duros,
Nietzsche jamais vai chorar.
Tenta, atenta Condessa,
Espera que quero amar.
Zoológico de pecados,
Arrasta-me. Até o Mar.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Memes - O que você quer?

Respondam em letra de música.

O que você quer?
- "...ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opnião formada sobre tudo"
- "eu quero crer no amor numa boa, Que isto valha pra qualquer pessoa"
- "Ideologia, eu quero uma pra viver"
- "give me something to belive in, 'cause i don't belive in you anymore, anymore"
- "I need you like a heart needs a beat, it's nothing new"


indico: 'Confissões e Prosa' & 'IMAgine'

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"A" hora.

Existem certas coisas na vida que não adianta escondermos, disfarçarmos. Existem fatos na vida que sempre vêm à tona. Existem decisões na vida à serem tomadas.

E existe aquilo que, durante nossa vida, tentamos esconder, mas que uma hora ou outra vem à tona, e precisamos perceber quando já é a hora de tomar uma decisão.
Essa é a hora.

Reflita.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amarela


Para minha namorada:

Antes das suas palavras,
Muito antes das suas palavras,
Algo existiu e eu vou te falar,
Rosas tem um gosto acre;
Espinhos fazem tanto carinho;
Lógica nenhuma há em calar,
Amo-te e pra sempre vou te amar.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sunglasses

É curioso, sabia que o sol hojé tá brilhando mais fraco?! Não sei se são as lentes de meus sunglasses ou as nuvem que cobrem tal estrela, ou simplesmente a nuvem negra no coração do escritor destas linhas pobres.
Tudo tá tão negro que a tinta azul desta caneta parece carvão sobre o papel.
Esqueça os dias-brisas e os dias-rajadas. Hoje não passa de chuva. Tempestade(tô parecendo a garota-do-tempo).
prometi mudar de vida a mim mesmo, mas sou fraco, e isso não muda. Nada me acompanha, só meus Sunglasses.

ouvindo: "I Won't Go Home Without U" - M5

domingo, 8 de junho de 2008

Pobre Coitado

"Eis que o vento soprou, e na tentativa desesperada de me derrubar, soprou de novo. Mas eu estava firme no chão e ele sequer me moveu. Um milimetro sequer...
Foi aí que o vento soprou mais uma vez, e achou que iria me abalar. Pobre coitado, não sabia ele que eu era mais firme que a rocha da montanha. Que estava mais seguro que jamais estive.

Pobre coitado..."

domingo, 1 de junho de 2008

Aqueles que vem...

Os dias de minha vida, passados. Os dias de minha vida passada. Os dia, de minha vida, passados. Os dias, de minha vida passados.
De qualquer jeito passados. Não mais como aquela rajada de vento que costumavam ser, mas sim, nesses últimos dias, como uma brisa leve e doce sobre minha face áspera.
Já cansei de levar tapas e tabefes. Já tenho o rosto calejado de não tenho mais a sensibilidade de receber um beijo no rosto. Não o sinto nem mais na pele ou no peito.
A brisa que vem a ser meus dias nesses últimos, essa brisa não passa de um deboche. Um "escarra nessa boca que te beija" literal e figurado ao mesmo tempo.
Os dias que já passaram, são agora aquela brisa.
Vejo a brisa que passa. Tudo não passa de "um querer poder ter o poder de poder ter"

Sugiro: http://naironbotao.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Gerencia de Vida - Balcão à direita, segundo andar.

Tá assim. [________________________]²³. Tá assim minha vida, um espaço em branco. EU to sim fazendo alguma coisa, to fazendo academia, to fazendo cursinho, tenho um computador novo. Mas tá assim, o que eu posso fazer?
Resolvi agora voltar ao meu velho eu, à minha velha forma de escrever. Transcrever aquilo que vem à mente.
Pois bem, sapienciaremos:
A vida é um ramo para poucos pacientes profissionais. Gerenciar uma vida é mais difícil que comandar um país. Tem gente que não sabe comandar um país. Tem gente que não sabe gerenciar uma vida(adivinha quem?).
Pois é, percebo como é difícil cuidar da saúde, do corpo, da cabeça, da alma, do humor, do conhecimento e ainda ter que dar assistência aos outros. Não quero falar que eu não tenho tempo pra isso, tenho sim, tempo de sobra de fazer o que gosto e o que devo, e ainda fazer o que gosto-e-devo e o que gosto-e-NÃO-devo(em maiúsculas).
Tratasse de dificuldade, pois não depende só de mim, depende dos outros.
Odeio encerrar textos na metade, mas, conversando enquanto escrevo isso aqui, cansei de me queixar. Só comecei ele por que eu sentia falta dos meus amigos, por que tava com saudades de muita gente. Quer saber? Vou correr atrás.
E tenho dito.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Aos dias.



Dedico-me aos dias que passam como uma rajada de vento. Dedico todo o meu torpor imaginária e toda a minha euforia projetada à esses dias. Desde de minha singela existência que os dias-rajadas são os mais importantes para mim.
Passam dias, horas, minutos, segundos, e só o que eu consigo lembrar são das rajadas.
Passam furacões, tempestades, rajadas, ventos e brisas, e só o que eu consigo me lembrar são dos dias.

Contraditório? Mas eu sou mesmo contraditório. O que eu posso fazer?!







(dedicado aos dias que passam como uma rajada de vento, como este, como o de ontem, como os de sempre)

terça-feira, 4 de março de 2008

à mão




(e por muito mais tempo à mão)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

à mão

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

frases para ela. X (final)

Será que eu ainda te amo?

frases para ela. IX

Ela é uma cachorra... literalmente.

frases para ela. edição especial(citação)

a vida é pra valer eu fiz o meu melhor e o seu destino eu sei de cor!

frases para ela. VIII

A minha lucidez não ultrapassa a consciência da tua existência.

frases para ela. VII

Será que eu ainda te amo?

frases para ela. VI

Há dias que passam e há dias que ficam na memória para sempre. Que data você É?

frases para ela. V

amo-te incodicionalmente puro e fervorosamente devasso

frases para ela. IV

Quero te abraçar apertado, quero te pegar no colo.

frases para ela. III

só o que faço ao lembrar de ti é sorrir

às vezes também choro

saudade

:')

frases para ela. II

Tem uma banca de revistas aqui perto de casa.
Não, não é a mesma coisa.

frases pra ela. I

Anteontem pensei em ti.
Ontem eu ouvi cazuza e pensei em ti.
Hoje eu chorei, ouvi cazuza e pensei em ti.
Amanhã eu quero estar ao lado, chorar, ouvir cazuza e pensar em ti.

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