Não existem rostos, apenas máscaras e mais máscaras. Algumas mais perfeitas, outras imperfeitas e outras escolhemos de acordo com a conveniência.
É o que diz Masquearade, de The Phantom of the Opera(a música mais realista, por sinal): "esconda seu rosto, então o mundo nunca o encontrará".
"Nunca o encontrará". Eis a meta. Máscaras são feitas para esconder um verdadeiro eu que - com sinceridade? - não me é crível.
Não é mentira: Rostos não existem. Máscaras escondem qualquer coisa menos rostos, acho até que o oposto deles, não-faces abstratas ou anti-rostos. Nada realmente concreto, palpável, existente. Máscaras são para esconder vazios - existenciais, presenciais, da personalidade. Aliás, que personalidade? Se o mundo não passa de atitudes pouco-criativas, nunca inéditas, jamais originais, copiadas sim, repetidas sim, fruto de um aprendizado. A-PREN-DI-ZA-DO. Ou seja, alguém te ensinou a fazer o que você faz justo agora, comer, andar, escrever, pensar, amar, odiar, ignorar, foi o mundo que te ensinou. Alguém de ensinou a sentir e a repetir e encenar as sensações, como máquinas, e as demonstrações de sentimento, como máscaras!
"Masquerade!
Every face a different shade ..
Masquerade!
Look around -
There's another mask behind you!"