sábado, 30 de agosto de 2008

Rosa Bebê


Sabe o rosa? O rosa-bebê. Aquela corzinha delicada, carinhosa, acarinhante e quase sempre confortável? Pois é... Eu adoro o rosa-bebê. Me trazem tão boas lembranças. Foi regado à rosa-bebê que passei os melhores momentos de que me lembro. O rosa-bebê me pegou no colo quando nasci, o rosa-bebê me transformou num homem adulto, o delicado rosa-bebê que dormia quando eu fazia cafuné nele.
O rosa-bebê que me trazia tanta felicidade hoje completaria 82 anos. Completaria se não tivesse falecido 11 dias atrás, com 81.
Minha avó morreu de osteoporose em alto grau, o que causou uma parada cardíaca. Mas sabe do que? Ela está viva, mais viva que nunca, na minha memória, no meu coração, nos meus sentimentos, em cada letra que escrevo e em cada ato que pratico.
Foi minha avó, quem vi chorar pela primeira vez em março de 2007, quando ela estava pronta para me perdoar de qualquer idiotice que eu tivesse feito, mesma avó que vi se acabar de chorar quando, em 7 de março, meu avô morreu, e mesma avó que vi lutar para ficar viva durante todo esse mês qu passou, e acabou partindo. Essa avó é a mesma do imenso coração, é a mesma do imenso perdão, é a mesma da imensa força, é mesma que dedicou mais da metade da sua vida às outras pessoas, à uma casa de apoio que hoje leva seu nome, "Erosilda Mota", e que cuida de mulheres com câncer. Aliás, minha avó era forte o bastante para aguentar um câncer.
Foram quase 50 anos de voluntariado, quase 60 anos de casamento, quase 82 anos de vida. Tanto quase, mas que valem muito mais que 50, 60 e 82 anos completos.
Vó, te amo para sempre, herdo de ti todos os sentimentos bons que possuo. Feliz aniversário.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

"Viro poça, viro moça"


Quando tu passa,
viro uva passa,
roupa mal passada.
Viro poça, viro moça,
doce ou salgada.
Me transformo naquilo e naquele
que o dia, como um leão,
não deixa passar para outro dia.
Não sei se és futuro,
mas te quero nos meus dias
agora, e daqui para frente - e todos os lados.
Não sei se és presente,
mas respondes chamada todos os dias.
Mas sei que existes e passas por mim
desde o mais remoto passado, ao fim.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Lost One


E o desespero de onde vem? Da fala doce de moças bem vestidas em saias de aeromoças ou do molejo e do gingado de jogadores de capoeira?
Que dia é esse que me faz pensar nos outros dias? Que hora é essa que me faz esquecer das outras horas? O relógio não corre ao meu favor nem contra minha vontade. Desespero-me, pois sim, quando vejo que os olhos da besta fera que encaro são meus próprios olhos no espelho. Sinto-me nessas horas na incubência de te fazer mais um pouco além do que já fiz. Sinto-me encarregado de te carregar através de um lago espelhado com palavras à deriva, espalhadas e sem sentido. Páro por aqui.

Sempre me perco nas palavras.

Pasando Bem?

         p    onto o_o     diz:
to precisando de um amigo
         p    onto o_o     diz:
alguém pra deitar no colo, passar a mão no meu cabelo e ler camões pra mim
         p    onto o_o     diz:
alguém pra falar q eu não sou um ser humano medíocre
         p    onto o_o     diz:
alguém que me olhe nos olhos e me compreenda
         p    onto o_o     diz:
preciso de algo mais além desse mundo
         p    onto o_o     diz:
algo diferente que o mundo ainda não foi capaz de me dar

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Dia Dela



A gente nunca sabe mesmo o que vamos dizer quando a hora chega. O desconhecido que encaramos, e que muita vezes perdemos de vista ao vislumbrar o mar, nos trás a calma que nem percebemos. Confundimos com as múltiplas facetas da vida, as múltiplas vistas que temos de tudo, do mundo. Falamos sem parar e só o que queremos é ser ouvidos. Um remédio nos faz esquecer mas também nos faz lembrar. Se perder é tão normal quanto errar a colocação do pronome que tanto tenho insistido em demonstrar no que digo.

"A gente se perde, a gente se acha
De um jeito ou de outro tudo passa.
E com cloridrato de sertralina e um pouco de mar
a gente começa a aprender
Que todo mal um dia tem fim.
"

inspiração.





Eu falei que sabias,
- tu não quis acreditar -
fazer poesias
é mais fácil que rimar.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dia Árido




(...)É a seca,
que deixa a garganta aflita,
que machuca a alma e grita.
É seca a dica.(...)

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