quarta-feira, 31 de março de 2021

imbigo

 as vezes a tristeza é uma dor no umbigo que a gente não sabe explicar

vem e vai como ioiô

uma colicazinha chaaata, uma respirar e não sentir o ar


a dor que vem que vai e passa, que vem e volta dá a volta e torna a retornar

um desconforto na junta

faz por onde, faz pra se salvar

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

muito pra falar

 Nossa.
Quanta coisa pra falar.
E eu não sei nem por onde começar.

Deixa eu sentir mais um pouco.
Depois eu coloco a cabeça no travesseiro
e coloco pra fora
tudo aquilo que o coração não vai querer guardar.

passarinheiro

Minha vontade é de, verdadeiramente, pegar o pouco que eu tenho, fugir nunca mais olhar para trás.

É um sufoco, uma falta de ar, um aperto no braço pra começar. Uma sensação de passarinho passarinhando na gaiola aberta de asa cortada sem poder sonhar.
Como faço pra sonhar de novo? Como faço pra realizar? 
(...)
Quase 3 meses depois me vejo encerrando esse verso e dando ele pro mundo. O mundo é o lugar certo pra ele. O mundo é tua morada e espero que um dia seja a minha. Nos encontros e reencontros da vida, ainda não sei responder minhas perguntas, mas sei que de algum lugar sairá forças pra continuar.

ciúmes

 me peguei com ciúmes do teu tempo

mas logo me perdoei pois sabia que era só a saudade que vou sentir de ti

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

não sei

Eu sei lá se eu te amei

Eu só sei que foi bom

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Eu

 Eu eu eu

queria alguém que nem eu

pra chamar de meu

E ser todo teu 

correndo solto

Preso em teu braço

que nos procedeu

preso feito laço


Eu eu eu

queria tu

queria eu

juntos num abraço


Eu eu eu

Meu caminho é meu

O teu caminho é todo teu

Segue a tua ida

Sem medo de despedida

Porque as poesias

mais bonitas da vida

aquela que nos anestesia

são feitas por que não sabe de nada

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Vontade

 Tem dias que a vontade que dá não é expressada em cores, sons, aromas ou imagens.

Tem dias que a vontade que vem - a gente faz ela voltar.

Tem vontades que dá que a gente cala.

[insira aqui 10 minutos de silêncio].

Dá vontades na gente que a gente fala.

[insira aqui 10 minutos de barulho]

Dá vontade do arrepio frio que dá na espinha quando eu sinto o pelinho da tua perna encostar na minha.

Mas pra essa vontade eu calo, pois passarinho que se aperta, foge rápido ou se esmaga.

Voltei

 Nunca pensei voltar.

O caminho que tracei não foi em linha reta. Desejei que fosse quiçá plano, mas a vida não dá mole.

Nunca pensei que estar volta aqui soasse feito uma nota certa de uma música longa, no tocafitas errado, engatado. Chiando.

Mas voltei. Não para ficar. Não voltei porque aqui é (ou não) o meu lugar. Eu voltei, voltei por que eu quis. Pra escrever, destrinchar, dichavar e arquitetar.

Voltei.

domingo, 23 de março de 2014

E se...?

E se eu fizesse uma carta de amor?
Como seria te falar tudo que eu sinto em palavras
murchas, cruas e sem sentido lógico?
Se eu rimasse amor com dor e teu nome com maçã?

Se eu te dissesse tudo que eu sinto?
Tu iria se jogar nos meus braços e me amar
ou iria compreender e seguir em frente?

Se eu fizesse um poema sem rimas e falasse
que o amor é assim, confuso, sem rimas ou estrofes arrumadas?
Se eu rimasse "tu e eu" com "nós dois"?
Tu iria me dizer as três palavrinhas que "eu [te] amo"?

Como que faz pra tirar você da minha cabeça?
E se eu não quiser tirar?

sexta-feira, 9 de março de 2012

Desculpem amigos leitores

Mas é que as vezes a vida é uma fuga de tudo que faz bem.

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