segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Carta de Amor

E se eu fizesse uma carta de amor?
Como seria te falar tudo que eu sinto em palavras
murchas, cruas e sem sentido lógico?

Se eu rimasse amor com dor e teu nome com maçã?
Se eu te dissesse tudo que eu sinto?
Tu iria se jogar nos meus braços e me amar
ou iria compreender e seguir em frente?

Se eu fizesse um poema sem rimas e falasse que o amor é assim,
confuso, sem rimas ou estrofes arrumadas?
Se eu rimasse “tu e eu” com “nós dois”?
Tu iria me dizer as três palavrinhas que “eu [te] amo”?

Como que faz pra tirar você da minha cabeça?
E se eu não quiser tirar?

Será?

Será possível ser mais clichê que num texto depressivo?

Vermelho-dor, Branco-sem-vida

Tem uma imensidão negra abaixo de mim.
Um grande, profundo, obscuro, frio, úmido, fedido e assustador buraco negro que só faz me olhar, como se quisesse mee engolir por inteiro.
Sinto-me inclinado a dar fechar os olhos e mergulhar nesse feio anti-mundo de... de... de não sei mais o que estou falando, me sinto afogar.

Já me sinto com as pontas dos pés deformadas pelo gelo em que se transformou a água dos meus músculos com a baforada gelada que vem lá de baixo.

Já sinto os pêlos da minha perna encolhidos pela chama quente de dor que emana do mais profundo sofrimento.

Curiosa, essa tristeza, não? Fria e gelada. Quente e aquecida. Com o pior de cada estação do ano - a alergia a flores, a seca escaldante, o frio crucificante e a morbidez das árvores. Como a pior lembraça de cada etapa da vida - a infância sofrida e reprimida, a adolescência sofrida e reprimida, a idade adulta sofrida e reprimida, a velhice sofrida e reprimida. É o melhor que cada criatura maléfica pode dar de si.

É vermelho-dor, é azul-fome, é roxo-asfixia, é negro-escuridão, é verde-vômito, é amarelo-hepatite, é branco-sem-vida.

Esse buraco que aos poucos me suga é um pouco disso tudo, um tudo disso pouco, um fracasso atrás do outro, um outro atrás de cada um dos meus fracassos. Jogando na cara, cuspindo no prato que comi por mim.

Cada humilhação. Cada tristeza.

Lá vem a imensidão negra de novo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A vida é uma imensa confusão.

Planejar é necessário. Seguir o plano, fundamental. Fugir dos planos, inevitável.

Quando tentamos planejar a vida, tentamos, no mínimo, ter controle das coisas.
Controle é a sensação mais almejada por todo ser humano. Sem dúvida. Ela inspira felicidade, prazer, organização, calma...
É difícil e a gente tenta a todo instante.
Imprevistos existem, mas a gente não desiste.

domingo, 4 de julho de 2010

Quero

Quero mais dias como hoje.

Quero mais praia, pôr-do-sol e declarações na areia.
Quero mais da tua companhia, pra sempre.

Perto de ti me sinto pequeno, me sinto adimirando um mestre com os olhos brilhando.

Quero troca de olhares escondidos sempre que possíve. Quero mais mãos-dadas sempre que possível. Quero mais carinho a todo folguinha.
Te quero em minha vida a todo instante.



Não quero te perder. Jamais.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Leve

Me sinto carregados por penas. Na mais pura fragilidade e delicadeza do ser.

Frágil? Como se estivesse leve! Frágil? Muito!

Culpa tua que me faz sentir-me sustentado por penas.

A beira de desabar!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quero beber da tua língua.



Só o que eu queria era deitar no teu peito o resto da noite... Queria sentir o calor do corpo suado, após uma hora inteira de intenso movimento corporal. Queria ficar abraçado contigo, sentir teu cheiro e nada mais. Ficar abraçado a noite inteira.

Queria beber da tua lingua. Queria beber tua língua inteira na minha boca, através dos teus doces lábios. Quero beber tua língua como uma foto de beijo clichê.

Teu corpo languido escorre entre meus braços.

Durmo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Change

Triste de quem esperava algum conceito de mim. Triste de quem queria que eu me encaixasse em um perfil e lá me acomodasse. Sou mais mutante que a metamorfose ambulante do Raul. Mais metamórfico que Os Mutantes. Mais transformista que uma Drag. Mais transcendente que qualquer metafísica kantiana, aristotélica, mística, crente ou atéia.

Sou a própria transformação em pessoa e mudar é minha única constante. Eu mudo, assim eu sou.

Se quer esperar algo de mim, espere supresas, novidades, novas opiniões, diversidade de pensamentos e muita, mas muuuuuita alegria.

Assim eu sou.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Não vou parar.

Eu não vou parar de dizer "Eu te amo". Por mais que isso te deixe confuso, não vou parar de dizer.
Vou dizer por que isso te fortifica. Te fortalece. Te torna mais forte. Te dá algo pra tocar.
Vou dizer por que isso te dar certeza que o caminho pelo lado daqui, é feito de chão firme, sem deslizes ou tropeços, e leva à felicidade.
Vou dizer "Eu te amo", por que é o que eu sinto e por que eu quero te dar a certeza disso. Quero garantir que tu entendas, que tu não sinta medo. Assim tu não precisa arriscar.

O caminho não é incerto. Eu te amo.

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