sábado, 6 de setembro de 2008

Fumaça


Dou um trago profundo no meu gudang e, enquanto encaro a ponta em brasa do cigarro, penso nos passos que me levaram até ali. Jogo-me para trás sem impulso e sinto o frio do chão de mármore, da escadaria onde estava, tentar contaminar minha roupa e, então, meu corpo. Solto então a fumaça que estava presa nos meus pulmões e que já me sufocavam.
Sento-me. Cuspo. Trago de novo. Uso tantos verbos, como "respirar" ou "bater o coração", enquanto desejo que o único que deveria parar de usar realmente cumpra minha vontade: "pensar".
Deito de novo. Trago de novo. Tento esvaziar minha mente mas descubro que tragar deitado faz com que eu me engasgue.
Tusso me levantando e olho ao redor, a noite fria estava mais noite, mais escura e mais fria ainda.
Não entendo por que estou tonto mas aí me dou conta que fumei dois cigarros seguidos. Realmente, é pesado demais.
Decido ir para casa e vou.

2 arquitetura(s) alheia(s):

ImaGINE disse...

fumar não é lá um bom hábito, mas alivia


beejo

Erika disse...

Fumaça faz mal.Tristeza tbm, mas se não tiver como evitar, fume um L.A. Gundang é bizarro. Beijos.

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