quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Meu tipo inesquecível


Eu a conheci no dia de meu nascimento, seu carinho e seu amor me marcaram. Logo vi que ela fazia meu tipo.
Eu, mesmo que não soubesse o significado desta palavra, a amava mais que tudo em minha vida, afinal eu devia a tal vida a que me referi à ela.
Loira, não muito alta, olhos cor-de-mel, pele lisa e clara, reconheci nela a minha pessoa, afinal eu também era loiro, baixo, olhos castanhos e caucasiano. Talvez o que não combinasse muito bem era nossa personalidade, ela sempre fora mais organizada, calma e compreensiva que eu. Agüentava todos os meus estouros e crises de personalidade com algo que eu sempre busquei: a paciência.
Logo viriam os primeiros problemas, antes mesmo da primeira depressão, bem antes... Havia sido descoberta uma doença incurável em mim, cujo nome não cabe à ocasião, esta doença nos obrigou à fazer escolhas de uma dificuldade que mudariam nossas vidas para sempre. Optou ela por mim e escolheu a esperança e a fé. Nossa crença e devoção me salvaram milagrosamente. Esta não foi a única ocasião em que ela trocava sua vida e seu tempo pela minha saúde, mas perderia muito tempo citando todos eles.
É curioso analisar nossa relação olhando pelo ângulo das dificuldade que tivemos, embora não seja o melhor deles, nos faz perceber facilmente a proteção que ela dedica à mim. Essa proteção sempre esteve presente em nossas vidas e não me custa muito analisar o causador dela: o amor.
Eu a amo mais que tudo, sim... sim... Eu a amo e ela é, de fato, meu tipo, meu amor. Sim, ela é inesquecível...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Há quem esteja em outro lugar...


Ando pensando muito e, não sei por que, isso acaba se refletindo no que escrevo. Para ser mais específico, só tenho escrevido sobre aquilo em que penso, nada de acrósticos ou poesias, só crônicas[ou talvez ensaios/elogios/devaneios/auto-revelações]
Sobre o que andei pensando desta vez? acho que posso falar que foi mais uma vez sobre o tempo, não como da outra vez, mas sobre minha noção de espaço-tempo.
Parece até científico demais para um emotivo falar de espaço-tempo, mas é muito mais sentimental do que se supões.
Pensei sobre como a vida não é um dom("or curse") só meu, e que os sentimentos não estão restritos a mim, e que em algum lugar do mundo tem alguém chorando, ou rindo, ou beijando ou fazendo sexo(sem comentários indecentes aqui okay?).
E isso me fez pensar que essas pessoas estão em algum lugar do mundo, e isso me fez pensar mais ainda, me fez refletir que onde estou não é o único lugar do mundo, e que paralelamente à minha percepção de realidade existem outros lugar e outras pessoas e outras realidades, e que não importa o que eu esteja fazendo ou pensando, a China vai estar no lugar dela e vão existir pessoas lá, que não importa onde eu esteja, vai sempre existir alguém em outro lugar pensando ou fazendo outra coisa(ou até mesmo a mesma coisa que eu.
Isso me fez idealizar sobre como é possível eu ter minha realidade e a minha vida e as outras pessoas terem as delas, e que as outras pessoas tem seu meio de relacionamentos enquanto eu tenho o meu.
É, realmente tudo é maior do que eu imagino que seja.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Devaneios no escuro


Penso a noite sobre como vai ser o dia seguinte, tento especular sentado à beira do colchão macio, ou nem tão macio assim.
Penso na manhã. No que eu deveria comer, tristes ovos ou amargas bolachas? Leite azedo ou suco azedo?
Penso em que roupa vestirei, se um macacão folgado e velho, marcado de más experiências, ou se uma bermuda e camisa manchados de sangue.
Penso sobre o que farei pela manhã e decido que ainda seria muito cedo para "fazê-lo".
Penso no almoço: carne com veneno e arroz estragado? Pratos de porcelana para cortar os pulos ao quebrar ou de metal para bater na cabeça até quebra-la?
à tarde durmo para não "fazê-lo", ainda seria muito cedo.
à noite sim, depois de jantar um sanduíche frio e ensosso, sentarei na cama e pensarei se já foi tempo suficiente para "fazê-lo", ou se vale a pena pensar no dia seguinte.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sonhei...


Tive um sonho estranho essa noite: sonhei com uma família, não a minha e esse foi um dos motivos para achar tudo estranho. O sonho não poderia ser mais nítido, esse foi mais um fator para a estranheza da situação.
Eu não participava da história, só o que eu fazia era assistir o que se sucedeu: O filho, por volta dos onze anos de idade, foi mandado pelos pais para o Rio de Janeiro para estudar, ter uma formação melhor. Não lembro a cidade natal deles.
A vida sexual dos pais, após o casamento, já tinha acabado, o amor sumira, eles eram uma família em decadência. Porém, quando o filho viajou os pais decidiram viver de novo, decidiram que íam aproveitar a vida e um ao outro.
O filho então volta do Rio, já com 18 anos, e tem uma surpresa, havia ganho 2 irmãos, os pais estavam "vivendo" de novo.
Neste instante eles todos se abraçaram num carinho tão grande... É confuso ter algum sentimento dentro de um sonho, sempre pensei assim pois sempre foi raro sentir-me assim, mas dessa vez não achei confuso, pelo contrário, parecia que eu esperava aquele sentimento, aquele carinho, um carinho imenso. Foi tão forte que quase acordo às lágrimas. Pois é, acordei... Era um sonho.

Agora que vem o que achei mais depressivo nisso tudo. Talvez depressivo não seja a palavra certa, mas não consegui achar alguma que me satisfaça. Um Pouco de Angústia e um pouco de tristeza.
Já acordado, sentei na cama e parei para pensar no que ocorrera e senti mais uma vez carinho, não pelo fato de ter sonhado aquilo ou por me achar um deles, mas senti carinho por cada um daqueles personagens de meu subconsciênte como pessoas individuais, como se eles existicem mesmo. Talvez houvesse um desejo de ser um deles, mas acho que era só carinho.
Achei que toda essa sensação por eles representasse o que sinto por minha família, mas curiosamente, eu estava tão envolto em um rancor, que não consegui sentir carinho por nenhum deles, nem por aqueles pelos quais eu supostamente não sentia nenhuma decepção[chatiação/tristeza]...
Agora me olho no espelho e vejo minha face contorcida como quem chora, mas sem derramar nenhuma lágrima.
Acho que sou seco.

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