quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Homem que Cantava.


Essa noite pareipra ouvir um homem falar, ou melhor, cantar. Não que ele soubesse que eu o ouvia, talvez tampouco tivesse a intensão de ser ouvido, ainda mais por mim.
Era uma música melancólica que me abosorvia para ela, me enchendo de pensares. Parei pra ouvir por tão curto tempo, mas que pareceram tão extensos que consegui o suficiente para me deleitar.
Não sei no que pensei exatamente, quisá o que senti, mas olhar os olhos lacrimejoso daquele homem me fez imaginar o quão é difícil voltar para casa e tornar à falar para a mulher e pros filhos que vão passar mais uma manhã tomando café puro, e que o dinheiro era escasso, e que aquela ida ao parque de diversõs que o filho desejara tanto vai ter que esperar mais um tempo.
Realmente, a vida não é fácil para todas as pessoas e a minha é tão boa...
Obrigado a "GAIA" por isso.

sábado, 22 de setembro de 2007

Eis me aqui para te ver passar. Sucessão das coisas.


Ultimamente tenho me questionado muito sobre o tempo. Não sobre ele em si ou sobre sua significação em relação às chuvas ou aos sóis, mas sobre o passar dele e sua influência sobre nossa personalidade e nosso corpo.
Pode parece pretensão minha ou até mesmo que eu esteja me precipitando, mas sinto que meu corpo não é a mesma coisa que era aos 10 anos e, com medo de assumir minha condição, atribuo isso ao tempo.
Mas não é sobre meu corpo que veio falar este devaneio, e sim sobre outras coisas. Vamos aos fatos.
Estive pensando muito, até mesmo mais do que eu supunha ser capaz, e cheguei à temível conclusão que eu não gosto do tempo. Ele nunca passou minhas dores, nem me fez esquecer meus amores e só me serve para entender que tenho cada vez menos dele para aproveitar.
Tanta coisa acontece ao mesmo tempo que acho que o tempo, como diz Fernando Pessoa, "não marcará, quem sabe, nenhum" sequer.
Não faço idéia de que conclusão tomar deste ensaio, pois já se passou tanto tempo desde que o comecei que só consigo perceber que o tempo nos faz esquecer das coisas.

Três raios de Sol vêm em minha direção,
Escolha um, somente um, e me atinja com ele,
Meta os outros dois em um relógio.
Ponteiro, é isso agora que eles são.
Olhe então tudo passar à sua volta, tudo passar por você.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Queria falar algo profundo...



...mas minha mente nunca esteve tão rasa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Pernoite Minguante


De dia o Sol vem dizer ao meu ouvido o quanto aquele dia que chega com a aurora vai ser um dia infeliz.
De noite a Lua sussurra que, dormindo, eu não sentirei tristeza(posso ouvi-la ninando meu sono).
Queria poder acordar e olhar pro teto com os olhos limpos, sem lágrimas para embaçar minha vista.
Queria poder sumir, fugir, escafeder-me para o lado da Lua que o Sol jamais vai conseguir olhar.


(...)


"Você [realmente] não sabe o que se passa aqui por dentro."

sábado, 15 de setembro de 2007

Sentimentos

Sabedoria.
Escolhas;
Negação?
Tato.
Inteligente,
Mas Burro;
Espera;
Negação?
Tato.
Observação;
Sabedoria.



Enfim... Sentir.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Fugir


Felicitações meu barão da ironia,
Ulula palavras profanas que me fazem sentir-me acuado,
Goza de minha memória, goza de minha paciência,
Ignora qualquer tipo de respeito por minha pessoa,
Realiza tua tarefa de me fazer escapar da realidade.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

E.L.A.



Seus olhos não passavam de um negro quente e úmido, até me lembravam um pouco os olhos de um pequeno filhote de cachorro, úmidos e acalentados, me acolhiam com carinho, um carinho que jamais vira.
Seu cabelo descia por minhas mãos como cordas de fios de seda, só de sentir-lhes entre meus dedos já era carinho suficiente por toda a vida.
Adorava seu braços, curtos, e seus dedos, macilentos, adorava seu tronco, sua barriga magra e com pêlos leves que se arrupiavam com um toque, assim como arrepiam os pêlos de um bebê ao acariciar-lhe as costa.
Nada tenho a comentar sobre seus seios, ou este não seria um conto de amor, mas sim pornográfico.
Passei então a lembrar de todos os momentos, mas em especial de um...

"Eu estava ali, cansado de arrumar tudo aquilo, mas sentia também um vazio, uma falta dela... Nós tinhamos brigados. Voltei-me à ouvir a música que tocava no DVD ao meu lado, eu sentia as pontinhas da grama pinicar minhas costas através do tapete estendido no chão. Ela chegou aos poucos.
Sentou-se ao meu lado, e arrumou meu cabelo. Jogou-o para trás e me olhou nos olhos. Fechei os olhos sem saber no que pensar. Ela estava lá, em minha frente, eu me sentia cheio."(...)


Sinceramente sempre achei que esses momentos mágicos que você ouve sinos tocando fossem coisa de filme, mas dessa vez eu descobri que não, eu senti como se só o que importasse para o resto da minha vida fosse aquele momento, senti que tudo congelaria e que jamais nós fossemos nos separar, eu desejava que tudo congelasse.

(...)"Foi então que você me beijou, me beijou como se jamais fosse me ver de novo, como se toda a vida do universo fosse sumir no segundo seguinte, como se tivessemos certeza disso. Jamais esquecerei aquele dia. Até o cheiro daquela grama eu ainda lembro."





Pena que eu não acredito em destino... Pena.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Não exatamente...


Não exatamente a mesma.
Não exatamente amável.
Não exatamente viva.
Não exatamente eterna.
Não exatamente amiga.
Não exatamente verdadeira.
Não exatamente volúvel.
Não exatamente exata.
Não exatamente vo"ç"ê.
Não exatamente ética.






























- Ou seria exatamente tudo isso?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Memórias de minhas putas tristes

"Não preciso nem dizer, porque dá pra reparar a léguas: sou feio, tímido e anacrônico. Mas à força de não querer ser assim consegui simular exatamente o contrário. Até o sol de hoje, em que resolvo contar como sou por minha livre e espontânea vontade, nem que seja só para o alívio da minha consciência."



É tão bom quando você recompra um livro que você já teve. Você se sente recuperado, restaurado, energecido. Sente-se completamente cheio de gostosas sensações: saber que você vai reler algo que você adora, especialmente porque já leu uma vez.

Adoro!!

Mas pra variar: um Acróstico.


Amargo sentimento de "já passou":
Neuroses e nóias de viver o pretérito.
Abonado de lembranças, existo nelas.
Cético com o presente, resolvi-me assim:
Resistirei sem ômegas,
Ômega que faz meu alfa obsoleto.
Nidícola sou de meu passado tortuoso,
Inimaginável passado tortuoso
Como aqueles que me matam.
Osculei meu nirvana de morte.

sábado, 8 de setembro de 2007

Angústia.

Fechei os olhos e tentei pensar naquilo que eu supunha ter sonhado esta noite. Expremí e contraí todo o meu corpo com meus olhos cerrados. Aquela música que me faz sentir-sem-pensar tocava ao fundo. Passei então os dedos macios na testa quente e preguenta de sujeira e esfreguei levemente os olhos, eles molharam-se de lágrimas de sono(espero eu). Encostei a testa no braço para descansar e organizar os pensamentos e senti-me preguento mais uma vez. Sinto-me sujo, sinto que preciso lavar minh'alma de minhas lembranças. O arquiteto que neste corpo mora construindo emoções com tijolos de experiências se depara com uma obra feita ao acaso, não por ele, mas em seus terrenos, uma obra feita de tijolos e ele desconhece a procedência, feita de sentimentos ocultos, mas cuja mistura resulta em uma imensa angútia. - Não lembrei do sonho -

Ar que falta ao meu pulmão:
Nostalgia meu viver e me enche de frio;
Gasta com teus prazeres meus dias finais,
Últimos dias de minha existências;
Serpenteia em meu intestino como uma lebre a brincar/
Tritura minha tranqüilidade com essa máquina.
Insignifica para ti todo o vulcão que fazes explodir em mim.
Arrancou minha calmaria. Meu último refúgio de mim.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Alguém me salve deste lugar.


Já não agüento mais... A pressão, a vigilância constante, as discussões, as desfeitas, os roubos... Tá tudo pressionando meu cérebro contra meu crânio e me fazendo delirar de dor... Vejo vultos, vejo vultos negros passando ao meu redor, o grito ao longe de minha irmã por aquilo que eu tomei dela. Eu só estou tentando ajudar, só quero protegê-la. Decididamente não sei conviver commais ninguém senão meu ego, senão minhas lembranças.
Sou SIM egoísta.
Sou SIM possessívo.
Sou SIM exclusivista.
E, SIM, eu odeio ter que viver aqui.
Quero sair daqui o mais cedo possível, quero me ver livre de todos que estão ao meu redor, quero me trancar em um quarto e só sair de lá depois que todo sentimento for pretérito...
Ao menos os gritos dela pararam, os gritos de minha irmã me ferem a alma. Não encontrar aquilo que guardei "lá" para mim, me fere a alma.

Quero chorar. Quero fugir daqui.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Luxúria

Linda garota nosciva que aqui reside,
Uiva de fome de sangue e prazer.
Xinga-me com tuas palavras profanas.
Últimas palavras que poderei ouvir de teu lábio doce.
Rí. Rí e cospe em minha cara.
Ignora meus pedidos e me só me deixa o desejo.
Adorável menina, faz-me gemer, pisoteia-me...




- Em Homenagem à Raissa (Sibby) Santana. Eterna Laura.

Músicas e o Azul



Já não escuto mais o Cazuza de outros tempos, já não ouço mais o que o Baleiro insiste em dizer. Não estou mais ouvindo nada que me faça refletir sobre o meu existir, só ouço aquilo que é fácil, aquilo que me faz sentir por sentir, aquilo que me faz extravazar meus sentimentos sem processa-los, sem conseguir para pra pensar. Talvez seja por isso que estou escrevendo tanto, sentir me faz escrever. Será que eu era seco quando ouvia o que eu ouvia antes?

Dizem(e só o fazem para me contradizer) que hoje o dia nasceu azul, não tenho tanta certeza disso. O céu tá branco e cinzento de nuvens. O mar aqui é marrom, barrento. Os rios estão sujos de lama, vermelhos. Até o azul das folhas das árvores e da grama sumiu, deixando tudo amarelo. E pra completar, minha alma não podia estar mais negra.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Lágrima

Leite da Planta que sai ao quebrar,
Água dos olhos que derrama ao sentir,
Grito da alma que ulula para sumir.
Ria e sorria, pequena menina descabelada,
Inflama de teus risos debochados este ente que chora,
Mastiga a minha felicidade com teus dentes de leite,
A criança que vi se tornou minha sentença de morte.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Narciso

infomania... Geme ao meu ouvido, ó reflexo de meu ser, ó sina minha.




moníaco de minha pseudo-lucidez, ao fechar os olhos te via, no fundo de minhas pálpebras te via.




ealidade? Mas eu não estava sonhando? Enfim, acordei e me olhei no espelho, o sonho, analgésico, fez-me suportar a vida.




omo o sono, assim foi meu reflexo. Encarei meus olhos e fui encarado por eles. Senti-me revigorado.




njusto era aquele sentimento, aquele vigor e aquele rigor... Eu não tinha direito àquilo. Não tinha como sentir meu sabor, mas podia me tocar.




aboreei então minha vitória sobre o impossível, eu era meu e de mais ninguém. Sorri. Sorri de meu triunfo.




lhei então a minha volta e só o que vi foi meu reflexo noutro espelho. Sorri de novo e então me tornei 2, eu e eu.

domingo, 2 de setembro de 2007

Janelas do meu quarto


Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

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